Conheça Glória Vilbro, autora do livro "Duquesa"
Chamo-me Maria da Glória Ana Martins Vilbro dos Santos, um nome comprido, um apelido difícil de perceber.
Nasci em 04 de Junho de 1967. Nasci numa cidade cujo nome não existe mais, e que era capital do país mais bonito do mundo. A minha cidade bonita das acácias rubras em flor chamava-se Lourenço Marques, hoje Maputo. Resido em Portugal desde 1977. Nunca mais retornei à minha terra, aos meus cheiros. Aqui, em terras lusas, fiz a escola até ao fim do secundário, namorei, endoidei, casei... Tive empregos diferentes durante o tempo que dura um sorriso. Tive três filhos Separei-me do meu marido, separei-me muitas vezes de mim. Porém ainda acredito, um dia hei-de chegar ao outro lado do arco-íris.
DUQUESA, o primeiro e-book da Colecção Preâmbulo sai a 25 de Junho
Com o
propósito a dar a conhecer ao mundo um pouco do universo literário da nossa
ainda emergente editora, a Kulera criou a Colecção Preâmbulo – este conjunto de
livros em formato digital (e-books) – que ainda que esteja aberta tanto para
escritores emergentes como para consagrados, irá privilegiar, especialmente, aqueles
que ainda não tenham obras oficialmente publicadas, daí o nome.
Assim, para
inaugurar esta empreitada literária, no próximo dia 25 de Junho, dia em que se
comemora a Independência de Moçambique, a Kulera irá apresentar a obra “Duquesa”
da autoria de Glória Vilbro, escritora nascida em Moçambique, na antiga cidade
de Lourenço Marques, agora Maputo.
Neste
volume, Glória Vilbro exibe-nos, simbolicamente, o seu distintivo enquanto
escritora em dezoito textos em verso e prosa – rótulos que a autora recusa-se a
atribuir aos seus escritos – fortemente marcados pela infância passada na capital
da então colónia portuguesa. Textos que, portanto, muitas vezes perpassam a questão
dos retornados à Portugal, após a independência
das colónias em África, sobre a qual ainda considera-se que prevalece a ideia
do vazio editorial, mesmo apesar da existência de diversos livros publicados, dentre
os quais o incontornável O Monhé das
Cobras (1997) de Rui Knopfli.